O adequado uso de máscara


Cuidados para manter a qualidade de proteção da sua máscara 

No atual contexto de pandemia as máscaras são, juntamente com o distanciamento social, a primeira barreira de proteção no combate à COVID-19 (Acrónimo do inglês coronavirus desease- doença provocada por coronavirus seguida do ano em que foi identificada, 2019), sendo um elemento essencial para evitar infeções e impedir a transmissão do vírus. 

A sua utilização é obrigatória nos transportes e espaços públicos (fechados) e no exterior, desde que a distância de segurança – 2 metros - não possa ser mantida. 

As máscaras cumprem a sua função desde que sejam adequadamente mantidas,
pelo que é importante que se levem em consideração alguns aspetos na sua limpeza e desinfeção. 

Podem degradar-se devido a fatores como a exposição ao ambiente em que são usadas, as condições e o tempo de uso e os procedimentos de cuidado e manutenção a que estão sujeitas. Todos estes fatores devem ser levados em consideração pelo fabricante antes de serem colocadas no mercado, de forma a garantir que o produto seja seguro nas condições de uso pretendidas. 

Para que o fabricante possa recomendar um procedimento para limpar ou desinfetar a máscara ele tem de verificar que, durante a vida útil do EPI (Equipamento de proteção individual) e sob as condições de uso pretendidas, este procedimento não tem efeitos adversos sobre a qualidade de proteção da máscara, durante a utilização e na segurança do utilizador, ou seja, que o procedimento não causa nenhum efeito adverso à saúde. 

Assim o aspeto mais importante a ter em conta são as recomendações do fabricante para a limpeza e desinfeção do seu produto. Portanto, se um método de limpeza ou desinfeção não for explicitamente autorizado para um modelo específico pelo fabricante, o utilizador não deverá executá-lo. 

A duração máxima de uso da máscara deve ser respeitada. 

As máscaras têm uma duração específica. Excedendo a sua vida útil, a capacidade de a máscara oferecer proteção ao utilizador pode ser seriamente diminuída. 

A duração de uma máscara é difícil de estabelecer à priori, pois dependerá de fatores como o tipo de máscara, a concentração de agentes no exterior e a frequência respiratória do utilizador (associado às condições metabólicas da tarefa) etc.
Assim, elas são projetadas para serem utilizadas durante um turno de trabalho, no máximo. Quando este tempo de utilização é excedido, ou qualquer outra indicação fornecida pelo fabricante, a máscara deve ser descartada em recipientes próprios e não no chão ou mar, como infelizmente se tem visto. 

Não devemos esquecer que, mesmo que um fabricante tenha estabelecido um método válido para a desinfeção da máscara, uma vez que a vida útil do filtro é excedida, a capacidade de proteger o utilizador diminui, independentemente de a máscara se encontrar perfeitamente livre de agentes nocivos. 

As máscaras não duram, nem são eficazes para toda a vida. 

Siga sempre as instruções do fabricante tanto para a limpeza e desinfeção, como para os ciclos e lavagem e de utilização. Ultrapassando o tempo de vida útil, seja em ciclos de lavagem ou tempo de utilização, descarte a máscara e utilize uma nova. 

Nunca esquecer de colocar a máscara corretamente, a qual deve cobrir a boca e o nariz, além de estar bem apertada para minimizar espaços entre o rosto e a máscara; evitar tocar na máscara durante a sua utilização; removê-la com a técnica apropriada, o que implica não tocar na parte de frente (deve ser retirada por trás); após a sua remoção e de cada vez que é tocada inadvertidamente, proceder à lavagem das mãos; substituir a máscara assim que fique húmida por outra seca e limpa, não reutilizar máscaras de uma única utilização; descartar as máscaras nos contentores de lixo comum, de preferência em saco devidamente fechado e colocado dentro do contentor, nunca ao lado deste.

 

Eduardo Santos

Engenheiro Técnico Superior de Segurança no Trabalho

sexta, 08 de janeiro de 21